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AlfaCon Concursos Públicos
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
Redação por Tópicos - Direito Penal .............................................................................................................2
Proposta Discursiva....................................................................................................................................2
Estruturando a Redação.............................................................................................................................2
Escopo........................................................................................................................................................3
ÍNDICE
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins comerciais ou
não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
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AlfaCon Concursos Públicos
Redação por Tópicos - Direito Penal
Proposta Discursiva
‘Amor, acabou’, disse homem à esposa depois de matar
casal em SP
Dona Hevany não defende o ato violento do marido,
Vicente d’Alessio. “Tenho vergonha da atitude dele de ter
matado duas pessoas. Sabe, eu fico muito triste pelo que ele fez.
Acho que ninguém no mundo tem o direito de tirar a vida de
ninguém. E nem a própria vida”. Por que um empresário de 62
anos, que se recuperava de uma doença grave, que tinha muitos
amigos, cometeu um crime brutal?
A companheira de 15 anos, que prefere não mostrar o rosto,
tenta explicar. “Eu acho que foi um surto de loucura assim, por
causa da situação, não era louco, a doença dele não mexeu com
a segunda-feira, ele estava ótimo”. O casal vivia em Santana do
Parnaíba, na grande São Paulo. No andar de cima, moravam
Fábio, Mirian e a filha de um ano e meio. Os vizinhos não
eram amigos. Ao contrário, viraram inimigos dentro do con-
domínio. Na noite de quinta-feira, quatro tiros acabaram com
as duas famílias: Vicente assassinou o casal vizinho, mas não a
criança, e, em seguida, matou-se.
O motivo: uma briga por causa de barulho. Amigos de
Vicente ainda procuram uma explicação. “Nesses trinta anos em
que nós convivemos, nunca tive nada que visse uma reação dele,
radical, nervosa”, Claudio Sanches, afirma amigo de Vicente.
“Acho que foi aqueles 5 minutos em que a gente não consegue
contar até 10”, diz Vitor Arouca, amigo de Vicente. A única tes-
temunha do momento de fúria do marido foi Dona Hevany.
Ao Fantástico, ela contou detalhes das confusões entre as duas
famílias. O marido tinha uma doença que ataca o sistema
nervoso. Vicente passou cinco meses internado. Ele se recupe-
rava em casa quando o conflito entre os dois casais se agravou.
Primeiro, o casal de cima acusava Vicente e Hevany de
fazer muito barulho. Dona Hevany nega e chegou a dar seu
telefone para Fabio, para que ele ligasse quando se sentisse in-
comodado. E Fábio ligou. “Meu telefone tocava, ficava assim,
alguns minutos em silêncio. Aí, eu falei: alô, alô. ‘Ah, Dona
Hevany, é o Fábio Rubim aqui de cima. Tem criança correndo
aí no seu apartamento e gritando?’ Eu falei: Não Fabio, como
eu te falei, não tem ninguém aqui em casa. Estamos só eu e o
Vicente. ‘- Ah, tá bom!’ Desligava o telefone. Passavam 2, 3
dias, ele ligava de novo”.
Até que esses telefonemas também viraram motivo de atrito.
“Meu marido foi ficando invocado por ele ficar ligando, aí eu
peguei e fiz uma carta lá na portaria, falei: ‘olha seu Fábio, como
você já percebeu nas 4 ou 5 vezes que o senhor ligou para minha
casa, não é da minha casa o barulho. Então, por favor, o senhor
está proibido de ligar para minha casa, está me incomodando”,
explica. Fábio parou de telefonar. Mas, a partir disso, segundo
Hevany, foi o casal de cima que passou a fazer barulho.
A situação foi piorando. Até que um dia, antes do crime...
“Parecia que ela estava quebrando tudo no apartamento. Sabe
que parece que você está quebrando as coisas, um móvel, uma
cadeira, alguma coisa assim. Aí, quando foi 11 horas, meia-
noite, parou”, conta. Na noite de quinta-feira, dia da tragédia,
a situação se repetiu. E Vicente não aguentou. “Ele saiu na
varanda de tão nervoso e gritou: - ‘Ah, meu, vamos parar com
esse barulho, vocês estão me deixando louco aqui embaixo’. Eu
falei: ‘Para Vicente, pelo amor de Deus, olha a baixaria, eu vou
ficar com vergonha’. Ele falou: ‘Vá para dentro e não se mete’.”
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A mulher não conseguiu conter o marido. “Meu marido
sempre teve arma, quando eu vi, ele estava pondo a arma aqui.
Aí eu comecei a gritar desesperadamente”. Mas ninguém
apareceu. Vicente foi para o apartamento do vizinho. De
acordo com a investigação, quando viu a arma, Fábio correu
em direção aos dormitórios, mas foi perseguido e atingido no
corredor, com dois tiros. Miriam, que estava no quarto com
a filha, ainda tentou fechar a porta, mas não teve tempo. Ela
também foi baleada com um tiro e morreu.
“Eu escutei tiro e eu gritava mais ainda. Aí eu corri pra
dentro do apartamento porque eu vi que ele estava voltando. Aí
quando ele entrou no apartamento, eu disse: ‘O que você fez?
O que você fez?”, conta. “Ele bateu aqui e disse assim: ‘Amor,
acabou. Você está entendendo? Acabou! Agora a sua vida é por
você. Tenha juízo, se cuida’. E aí ele subiu no elevador e foi
embora. Quando o elevador desceu uns dois andares, aí, eu
escutei o tiro”.
Fonte: http://g1.globo.com/fantastico/noticia/2013/05/amor-acabou-disse-homem
-esposa-depois-de-matar-casal-em-sp.html
Com base na situação real de grande divulgação na mídia
apresentada acima, redija um texto dissertativo que responda,
necessariamente e de maneira fundamentada, aos seguintes
questionamentos.
1. Vicente, autor do duplo homicídio, deve ser considerado
inimputável ou imputável? Explique se a doença iria interferir
na pena e responda qual a teoria utilizada pelo código penal
para determinar a imputabilidade.
2. Caso Vicente não tivesse se matado, ele responderia por
homicídio comum, qualificado ou privilegiado? Exemplifique.
Estruturando a Redação
Gênero textual “Estudo de caso”:
˃
Texto dissertativo que analisa um caso
˃
É preciso mostrar o assunto e a situação
˃
Deve-se esclarecer a teoria/lei/norma que fundamenta
o crime
˃
É necessário responder às perguntas de forma objetiva
˃
A argumentação é por citação (lei)
˃
Introdução: situa o leitor e apresenta o caso
˃
Desenvolvimento: escrevem-se as respostas
˃
Conclusão: reafirmação da introdução
˃
Parágrafos: deve haver equilíbrio quanto ao número de
linhas
˃
Períodos: devem ser curtos
Contexto:
˃
Vicente (62 anos) mata um casal (vizinhos)
˃
Ele fazia tratamento de uma doença que atacava o
sistema nervoso
˃
Estava consciente do que estava fazendo no mento da
ação
˃
Chegou ao apartamento das vítimas e atirou sem falar
nada
˃
Suicidou-se logo após matar as vítimas
Respostas:
1) Vicente deve ser considerado imputável, com base na
teoria biopsicológica, pois entendia o que estava fazendo no
momento da ação.
2) Homicídio qualificado. Qualificadoras: motivo torpe,
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins comerciais ou
não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
AlfaCon Concursos Públicos
motivo fútil, impossibilidade de resistência da vítima.
Escopo
1º parágrafo:
»
Código Penal – considera a intenção do agente
»
Mostrar a situação hipotética
˃
2º parágrafo:
»
Autor do crime – doença sistema nervoso
»
Doença: não o deixa imputável
»
Teoria biopsicológica: entendia o que fazia
»
Base: artigo 26 CP
˃
3º parágrafo:
»
Caso não houvesse o suicídio, responderia pelo crime
»
Art 121, par. 2º: homicídio qualificado
»
Qualificadoras: motivo fútil; impossibilidade de re-
sistência da vítima
»
Privilegiado: não houve injusta provocação da vítima
˃
4º parágrafo:
»
CP julga de acordo com as circunstâncias
»
Situação: emoção/paixão não justificam a atitude de
Vicente.
Anotações:
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Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins comerciais ou
não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
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